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domingo, março 23, 2008

E a privatização da CESP hein...como estará o andamento?

sábado, março 22, 2008

Questões atuais

Os recentes fatos geopolíticos de grande repercussão não escondem suas origens. É claro que eles estão diretamente ligados os interesses do Departamento de Estado norte-americano, ou alguém duvida disso? No caso do Tibete, o teto do mundo, que além de posição estratégica no tabuleiro, também é uma importante região hidrológica, onde formam-se os principais rios do sudeste asiático. Isso tudo ocorre num palco onde a China ganha cada vez mais importância econômica e prestigio mundial. É claro que depois de terem concentrado todas as suas energias no Afeganistão e Iraque, duas frentes de guerra ao mesmo tempo, e baixado a poeira, as ações do Império voltam a ganhar relevância e cada vez mais incisivas. A revolta no Tibete, tem vários sentidos, o primeiro as Olimpíadas de Pequim que se aproximam, uma outra faceta que explica é velha política romana de dividir para governar, uma tática tão velha mas com resultado certo. Dentro dessa questão unidade/divisão, pode-se alocar também as eleições em Taiwan, onde venceu o candidato que quer uma aproximação com China. A inter-relação dos fatos é impressionante, e interessante ver como um fato liga a outro.
Faz um tempo que a China vem transferindo os capitais acumulados na área litorânea, cujo desenvolvimento econômico é notável, para a área menos desenvolvida do país, o Oeste, a conquista do Oeste, não é novidade para ninguém que guarda relações com o desenvolvimento dos Estados Unidos, sua integração territorial e sua afirmação como potência. Visando esta integração territorial é possível verificar a construção de inúmeras ferrovias, inclusive uma ligando o Tibete, no esforço de desenvolver as outras regiões do país.
Essa máquina Chinesa que está sendo montada, se bem articulada e dinamizada, donde emergirá o maior proletariado do mundo sob a direção central de um Partido Comunista, causa medo e incerteza a qualquer falcão neocon da Casa Branca e mesmo do Pentágono.
Associado a estes fatos marcantes também podemos verificar ações aqui bem perto, na América do Sul, depois de um período em que ascenderam ao poder forças mais democráticas, populares e nacionais na região devido, sobretudo as crises econômicas da década de 1990 e o fracasso do neoliberalismo, as pegadas estadunidenses podem ser notadas com mais nitidez do que outrora. Tais pegadas denunciam o modus operandi do Império, "dividir para governar"!!! Uma integração latino americana, política, econômica e energética, juntamente com uma política externa mais soberana e que agisse em bloco de acordo com os interesses regionais seria extremamente nocivo a manutenção da posição de potência hegemônica mundial. A atuação política na região, apesar dos revezes eleitorais e do fracasso na tentativa de golpe na Venezuela tem uma participação ativa com propostas de sedução por meio de Tratados de Livre Comércio (TLC), no caso Chile e até mesmo no seio do Mercosul - as tentativas foram com Uruguai e Paraguai. Fora isso apenas, a regra foi fortalecer o aliado de primeira hora, a Colômbia, investir pesado no Plano, que é vendido como um plano de combate ao narcotráfico e ao terrorismo das Farc, mas que de inocente não tem nada e revela além desses objetivos outros tantos objetivos ocultos. Primeiramente pois se quiserem combater o narcotráfico eles teriam que pensar em derrubar o presidente Álvaro Uribe que tem estreita ligação com estes. Segundo, Equador e Venezuela são grandes produtores de petróleo objeto de cobiça dos EUA no mundo. Terceiro, a região amazônica faz parte do interesses americanos há muito tempo, ora mais explícitos, ora menos.