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terça-feira, junho 05, 2007

Virou chavão

Falar do aquecimento global, das emissões de gases, efeito estufa virou chavão. Está na ponta da língua de qualquer pessoa que lê jornal, assiste tevê ou, enfim, vai ao cinema. Tanto que, como todas as outras coisas o capitalismo tenta transformar em produto, transforma, vende e lucra. Além de lucrar com os negócios, de criar uma nova fatia de consumidores, de consumidores de alto padrão, ainda vestem uma roupagem de bons-samaritanos, que estão salvando o mundo.
Há muitos debates em torno do aquecimento global, sobre o efeito estufa, muita confusão na cabeça das pessoas, principalmente quando o grande capital decide investir no tema e até um figurão como Al Gore vira cineasta. Alguns falam que pouco conhecemos da dinâmica climática da terra e que podemos estar no meio de um de seus ciclos, mas até que ponto não influenciamos diretamente na aceleração desse processo, até que ponto a ação humana interfere na natureza?
É preciso saber que toda essa investida de responsabilidade ambiental do capitalismo não passa de marketing, para ampliar a margem de lucro e estratégia para criar uma nova parcela de consumidores (os "verdes").
N0 entanto, o aquecimento global é um fato e o capitalismo tenta responsabilizar as pessoas via propaganda cobrando que cada um faça a sua parte. Na realidade, se cada um fizer a sua parte em nada adiantará se as grande companhias não fizerem a delas, se os governos não fizerem as suas e se a lógica da produção continuar anárquica.
No mais, depois de longas horas de febre a noite e de passar a manhã toda na cama, fui tomar um sol na lage de casa e notei a grande camada de poluêntes no céu cinza, que deveria ser azul. Despreza que o ser humano tem influência direta na dinâmica climática da terra é um erro, como também é um erro achar que se está salvando o mundo utilizando papel reciclado.

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