Que fazes?
filhos da espada da independência
filhos da força do quilombo
filhos da greve geral
filhos da revolução
respondam-me, que fazes?
Ah! a desgraça vês!
exploração de animais
aquele capitão do mato que houve
técnica de escravidão globalizada
aqueles que nada tem
miseráveis que matam,
ou será que morrem?
Oh, então não sabes?
disseste que lutas pelos seus,
seus?
recompensa que transcende
inversão da moral,
dá resposta, anda dá
dar-te a salvar os seus
não como um pseudo-messias
os gritos pedem que honrem as armas que herdaram
pedidos,
é,
pedem miseráveis pelas sargetas
pedem também os que chamam irmãos
aquele prefere companheiro
veja aqueles que outrora foram camaradas
viram?
que fazes? respondam todos
ah, sim percebo
dizes!
dizes muito
dizes também belo
ah, então querem tomar o cadafalso?
não seria melhor queima-lo?
homens da terra e do concreto ali foram.
Não!
isso não,
queres também a guilhotina?
mas por que?
aquele do parafuso tombou neste instrumento.
por que não destruir?
medo, fome, resignação
tudo vem dele,
destruirão?
por que não?
são então os homens
em seu poder a guilhotina não enforcarás?
a forca não decapitará?
ah, agora entendi,
então é isso que me dizes?
são essas suas substanciais?
muito bom,
aqueles que morrem não mais matarão?
isso sim é muito bom,
é então tudo isso que fazes?
fico feliz,
fazem muito,
tanto quanto sofisticamente
que?
sim acredito, nessecitas,
vejo que necessitas, isso é primordia,
homens que tanto lutaram, como vocês
sem duvida precisam.
Aos seus oferecem tudo isso?
muito bem,
e como devem chamar,
coalizão! um belo nome
transição aos seus, digo, nossos sonhos
entendo,
o que dão é liberdade
é, se não tem jeito
não posso me furtar a dizer?
tudo bem,
então viva a liberdade!