Motoboys param o trânsito de São Paulo e dão olé na PM
A tevê estava falando sozinha em casa hoje, logo após o almoço. Aquele jornalismo mundo-cão da Record, com aquele cara que grita pra câmera e que chega a irritar os ouvidos...Passando por ali parei e me interessei pelo que estava sendo noticiado: Manifestação dos Motoboys. Devido as novas regras de segurança para esses trabalhadores, parte da categoria decidiu se manifestar contrário as novas regras, que mexem diretamente no bolso dos mesmos. Para ser breve, não vou tocar na cobertura péssima da Record, nem nas novas regras impostas a tais trabalhadores, mas gostaria de abordar a velocidade com que essas motos andam pela cidade, uma velocidade que São Paulo lhes pede e exige, mas que eles é que pagam por ela com a aumento do seguro obrigatório, entre outros, e muitas vezes pagam com a própria vida. Esses trabalhadores, cachorro-louco do asfalto, o que eu noto, particularmente, são sempre jovens que não conseguiram uma profissão, não terminaram os estudos, ou arranjaram um filho e tais fatores o levaram a vida dos corredores por entre os carros no trânsito caótico da metrópole paulista.
Nesse caso prevalece o velho ditado de que a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco, ou seja, os motoboys. Uma profissão de altíssimo risco de vida, mal regulamentada, mal remunerada e de certa forma uma categoria nova, que impressiona pela sua solidariedade e união de seus pares, mesmo com precária organização sindical. O que ficou claro episódio, que me chamou a atenção fora a forma de manifestação, tradicionalmente como outros movimentos sociais, o alvo foi vias de grande fluxo de carros. Num ponto estratégico da Marginal Pinheiros eles se aglomeraram reduziram a velocidade de todo o fluxo, enfim pararam e estacionaram as motos por mais de dez minutos, causando um grande congestionamento que foi sentido na Marginal Tietê. O local era tão estratégico que polícia só teve uma alternativa para chegar até os manifestantes: ir pela contra-mão, ao aproximarem os PMs, os motoboys levantam vôo e liberaram o trânsito, mas não por muito tempo, cerca de 500 metros após o local onde os carros da polícia militar estava eles pararam novamente, dando um belo olé nos homens fardados. E então começou uma disputa entre gato e rato pelo trânsito da capital paulista, a PM foi reforçada pelos soldados de motocicletas, pois de carro não tinha nem chance. Até o momento em que fiquei assistindo o espetáculo, com direito a helicóptero da Rede Record e o narrador que hora apoia os manifestantes, hora condena com veemência as atitudes do movimento, tudo em busca de prender o telespectador, tinha havido uma prisão e os motoboys haviam se dispersado parcialmente, mas que paravam em outros pontos ou reduziam a velocidade do trânsito.
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